Nódulos na tireoide: o que são e como devem ser tratados
Descobriu um nódulo na tireoide e não sabe o que fazer? Apesar de essa condição ser relativamente comum – e, em geral, benigna –, é um tópico que definitivamente gera dúvidas. Abaixo, você encontra as respostas para todas as suas dúvidas sobre esse tópico, desde o que são esses nódulos, quando representam perigo e até como é feito o tratamento.
Nódulos na tireoide: o que são, causas, riscos e mais
Afinal, por que se formam nódulos na tireoide? Essas estruturas são crescimentos anormais que formam uma massa dentro da glândula tireoide, que fica na porção anterior do pescoço. Eles podem ter diferentes composições e tamanhos, e a maior parte deles é assintomática. Isso significa que, na maioria das vezes, pacientes descobrem esses carocinhos em exames de rotina, como a ultrassonografia de tireoide.
Essa condição é, em geral, benigna. Ainda assim, é importante acompanhar os nódulos periodicamente e avaliar cada caso individualmente. Dessa forma, é possível, entender quais oferecem riscos e tomar as providências necessárias nesses casos.
Causas de nódulos na tireoide
Os fatores que podem levar ao surgimento desses crescimentos são diversos. A deficiência de iodo no organismo é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento dos nódulos, visto que essa substância está diretamente ligada à função tireoidiana. Além disso, porém, é possível citar ainda:
- Crescimento excessivo do tecido tireoidiano normal (adenomas);
- Doenças como a tireoidite de Hashimoto;
- Câncer de tireoide;
- Histórico familiar da condição;
- Exposição prévia à radiação;
- Deficiências nutricionais.
Quem pode ter nódulos na tireoide
Ainda que homens possam ter esses crescimentos, nódulos na tireoide são mais comuns em mulheres. Essa condição, inclusive, tem alta incidência, e estima-se que 60% da população brasileira desenvolverá nódulos na tireoide ao longo da vida.
Riscos de nódulos na tireoide
A maioria dos nódulos na tireoide é benigna. Ainda assim, cada caso é avaliado individualmente para entender melhor a necessidade de uma investigação mais profunda ou até de remoção. Um nódulo benigno na tireoide geralmente não representa risco à saúde.
Entre 5% e 15% desses nódulos são malignos – ou seja, podem representar riscos à saúde. Quando um nódulo é classificado como maligno, isso significa que as células que o compõem são cancerígenas. O câncer de tireoide, em geral, tem crescimento lento e boas chances de cura. Ainda assim, ele representa riscos como:
- Compressão de estruturas próximas durante seu crescimento;
- Disseminação da doença para os linfonodos da região do pescoço;
- Metástases (presença da doença em outros órgãos do corpo).
Diagnóstico e investigação de nódulos na tireoide
Geralmente, o diagnóstico de nódulos tireoidianos acontece em exames de imagem, como a ultrassonografia de tireoide. A partir de seu descobrimento, médicos avaliam determinadas características para entender o que deve ser feito a seguir. Em alguns casos, o paciente deve apenas acompanhar a evolução do nódulo – e, em outros, pode ser necessário realizar a punção aspirativa por agulha fina (PAAF).
A Dra. Natália Cançado é especialista em nódulos de tireoide e realiza a análise citológica
Sinais na ultrassonografia de que um nódulo na tireoide pode ser maligno incluem:
- Coloração mais escura que o tecido ao redor (hipoecogenicidade marcada);
- Margens irregulares ou pouco definidas;
- Crescimento maior no sentido vertical do que no horizontal;
- Vascularização (fluxo sanguíneo) dentro do nódulo;
- Presença de pontinhos brilhantes (microcalcificações) no interior do nódulo.
Punção de nódulo na tireoide (PAAF)
Quando há suspeitas de que um nódulo pode ser maligno, o médico pode sugerir uma punção. Esse procedimento se chama Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF), e corresponde ao principal método de estudo das células do órgão.
Minimamente invasiva, essa técnica envolve perfurar o pescoço do paciente com uma agulha finíssima guiada por ultrassonografia em tempo real. Dessa forma, é possível acessar a tireoide e, consequentemente, o nódulo a ser examinado. O conteúdo desse nódulo é então aspirado com uma seringa – algo que se repete de 2 a 4 vezes. Esse procedimento é bem tolerado, causando apenas leve desconforto em pacientes.
Por fim, é feita a análise citológica (em microscópio) do material. Dessa forma, é possível determinar se o nódulo é benigno ou maligno – e, se for maligno, o exame também determina o grau de suspeita de malignidade (de I a VI).
A Dra. Natália Cançado é especialista em nódulos de tireoide e realiza a análise citológica
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Como tratar nódulos na tireoide
Nem sempre essa condição precisa ser tratada. Quando necessário, porém, o tratamento de nódulos na tireoide depende do tipo, do tamanho e das características dessa estrutura. Nódulos benignos, por exemplo, podem ser apenas monitorados pelo médico, que buscará alterações significativas nessa estrutura periodicamente através de exames de imagem.
Em casos de nódulos benignos que começam a crescer rapidamente, comprimem estruturas próximas dificultando, por exemplo, a respiração, ou causam desconforto estético no paciente, pode ser necessário agir. Nesses casos, pode ser necessário remover os nódulos – ou até a tireoide por completo.
Nessas situações, é possível recorrer à ablação, técnica que destrói as células do nódulo com uso de calor, preservando as estruturas tireoidianas. Nessa técnica pouco invasiva, uma agulha é inserida na glândula do paciente, emitindo calor e eliminando os crescimentos indesejados. Em outros casos, porém, a cirurgia que remove parte da tireoide ou a glândula inteira sob anestesia geral pode ser mais recomendada.
Já nas situações em que os nódulos são malignos, a cirurgia costuma ser o mais indicado. Esse procedimento que dura de uma a duas horas remove parcial ou totalmente a glândula em ambiente hospitalar. O paciente costuma ter alta no dia seguinte à realização do procedimento – e o restante do tratamento do câncer de tireoide pode envolver iodoterapia e reposição hormonal.
É perigoso ter nódulos na tireoide?
Na maioria dos casos não. A maior parte dos nódulos de tireoide é benigna e não causa problemas de saúde. Ao receber esse diagnóstico, porém, é importante não descuidar do acompanhamento médico para que a condição seja devidamente investigada e o tratamento seja o mais adequado
O que os nódulos na tireoide podem causar?
Nódulos tireoidianos costumam ser descobertos a partir de exames, já que são, na maioria das vezes, assintomáticos. Ainda assim, dependendo do tamanho e das características deste nódulo, é possível que ele cause:
- Dificuldade de engolir ou respirar;
- Desconforto na região do pescoço;
- Alterações nos níveis hormonais tireoidianos;
- Rouquidão.
Caso o nódulo seja maligno – ou seja, câncer de tireoide –, os sintomas podem ser parecidos. Além desses, é possível que o paciente também tenha:
- Dor na parte frontal do pescoço, que pode irradiar para o maxilar;
- Aumento dos gânglios do pescoço, localizados logo abaixo das orelhas.
O que fazer quando se tem nódulos na tireoide?
Ao identificar um nódulo, seja por ele estar palpável no pescoço ou a partir de exames, o primeiro passo é buscar um endocrinologista, nome formal do médico ou médica de tireoide. Esse médico que cuida da tireoide e de outras funções hormonais pode pedir novos exames, como a PAAF, para determinar a natureza do nódulo. Em seguida, é esse especialista que dará continuidade ao tratamento ou monitoramento da condição.